Por traz das lentes ele vê o mundo.
Não das lentes de pernas que o ajudam a te ver melhor...
São outras as lentes luz de seus olhos.
São as lentes de botões que o levam novamente à infância, e após à adolescência, e após a maturidade, e de novo ao início dos dias...
Quando fala de suas novas lentes, seus olhos brilham e a alegria que há tempos não se via em seu sorriso, esbanja sonoridades.
Por de traz daquelas lentes ele vê o mundo, ele registra sua forma e as formas que registra transformam-se em pequenos pedaços de si. Do que viveu, do que amou, do que morreu...
Por de traz daquelas lentes ele acredita que vê o mundo. Mal sabe ele que agora é mundo que o vê.