quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lembranças de uma outra Sofia

Quando eu era criança era feia, pálida e magricela. Na escola todos zombavam de minhas pernas finas. Me sentia a garota mais feia do mundo.


Quando eu era cirança meu quarto era meu paraíso. Os brinquedos meus verdadeiros amigos e meu principe era minha mae que vez por outra me salvava da solidão com um suculento prato de feijão.


Quando eu era criança o mundo era maior e o tempo passava devagar. Hoje perco o meu tempo com futilidades, histórias vazias de pessoas que não me interessam, mas suas atenções preenchem os espaços que o tempo deixou, e as deixo ficar, em troca querem apenas um pouco de amor.


Um amor frio posso dar. Sem compromissos, sem promessas, sem juras eternas. E eles parecem gostar, pois sempre voltam mais generosos.


Dessa forma supro minhas faltas, preenchos minhas lacunas, ocupo meu despretencioso tempo..."

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