terça-feira, 19 de outubro de 2010

O que é o teatro senão um suspiro
o vazio preenchido a cada riso, a cada lágrima.

O que é o teatro senão a total ausência de sentidos
somente esse sentimento de ser o palco o único lugar para se estar.

O que é o teatro senão ansiedade do ator a cada nova cena
e a deliciosa sensação do depois.

Teatr é arte, e sobretudo, teatro é vida!!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Obesidade Mental - Andrew Oitke

Por João César das Neves

O prof.  Andrew Oitke,  publicou o seu polêmico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra,  o catedrático de Antropologia em Harvard,  introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna  "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma “alimentação intelectual” tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.” 
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
“O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.” 
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. “Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxa ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabonitismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. 
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cachorro Morto


Todo mundo conhece a expressão "Ninguém bate em cachorro morto"!
 
Há alguns dias e especialmente ontem e hoje, um jornal da cidade vem fazendo agressões diretas ao Partido dos Trabalhadores e ao seu candidato a Deputado Estadual Juzemildo.

No editorial da Gazeta Bragantina de ontem, seu editor nos chama de bandidos, e como se diz no popular "desce a ladeira" tecendo dezenas de críticas ao presidente Lula e a todos os petistas.

Seu direito! Cada um pode expressar sua opinião da maneira que bem entender. Embora eu acredite que não é direito de ninguém proferir ofensas infundadas.

Hoje, em edição extraordinária (!?), na primeira capa, declarações do Bispo de Bragança e mais um editorial que achincalha o PT e seus filiados e simpatizantes.

Mas como eu disse no começo, "ninguém bate em cachorro morto"!. Há motivos para tantos ataques ao Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores. O motivo é que Juzemildo é sim do povo, é sim querido, e sim, terá muitos votos!!

Ninguém garante que será eleito. Isso só se sabe nas urnas, mas que está incomodando está.

Particularmente, como filiada do Partido dos Trabalhadores há 9 anos e petista há 25,  posso afirmar que nenhuma das acusações e agressões proferidas pelos jornais, por políticos ou pela oposição, por mais "cabeludas" que sejam tiram minha convicção de que quando o pobre, o trabalhador, o operário, o metalúrgico, o sindicalista, teima e chega lá, o processo não reverte.

O povo brasileiro está aprendendo a votar! As pessoas tem mais consciência! Elegem quem acreditam, e já não se deixam enganar por favores eleitoreiros.

Isso incomoda os poderosos, os coronéis. Porque povo que pensa é povo que não vota a troco de cesta básica.

Para esses só digo uma coisa: “Os incomodados que se retirem”!