Amigos e amores
Que o ano novo nos traga muitas boas surpresas!
Que a vida continue, que o amor continue, que a saúde continue.
Que nós continuemos juntos, e se não for possível, obrigada por tudo. Foi um pazer!
Que essa sensação de que tudo será melhor, passe de uma sensação, que seja realidade em nossas vidas!
Que todos os erros sejam perdoadas, que todas as mágoas sejam esquecidas, que todos os coraçõs estejam abertos para o novo e para o amor!
Que a nossa fé se renove a cada dia e que nunca deixems de sonhar!
Que os bons ventos levem a poeira que o tempo trouxe, e nos deixe o suave perfume das flores.
Que as faltas sejam preenchidas com presenças amorosas, chocolate quente para aquecer o frio e sorvetes para aliviar o calor.
Adios 2009, e que venha 2010!!
"Pode vir quente que eu estou fervendo!!!" rsrsrsrsrsrsrs
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Uma curva
Pronto! Estava acabado! Chegara em casa. Estava sozinho e com as roupas ensopadas por conta do temporal que caia lá fora.
Havia um ar de definitividade em cada um dos degraus da escadaria do prédio que subia enquanto pensava o que havia sido de seu casamento. Paixão arrebatadora nos primeiros anos. Uma grande ternura nos seguintes. Não sabia explicar o que acontecera. Por que evitara tanto sua esposa nos últimos anos?
Havia um ar de definitividade em cada um dos degraus da escadaria do prédio que subia enquanto pensava o que havia sido de seu casamento. Paixão arrebatadora nos primeiros anos. Uma grande ternura nos seguintes. Não sabia explicar o que acontecera. Por que evitara tanto sua esposa nos últimos anos?
Assim era Sofia. Sempre bem vestida. Cabelos arrumados e um lindo sorriso nos lábios carnudos. Cozinhava divinamente. As roupas e casa sempre limpas e cheirosas. Era divertida. Tinha um excelente senso de humor. Era uma das mulheres mais inteligentes que já conhecera. Era linda, sensual, independente e sagaz.
O que aconteceu com seu casamento? Por que se transformara naquela relação “sem sal e sem açúcar”, como definiu?
Chegou exausto ao topo da escada. Esbaforido. Roupas quase secas. Sentou-se no degrau e lembrou-se da noite sem luz em que fizeram amor loucamente no topo daquela mesma escada após “escalarem” os mais de 800 degraus até o décimo sétimo andar. “Estou ficando velho”, pensou.
Resolveu entrar em casa. Olhou as fotos em cima da estante. Sofia era realmente linda! Tudo estava em perfeita ordem, como sempre. Um vaso de Gérberas em cima da mesinha do canto. Só agora se lembrava o nome das flores preferidas da esposa. Se ao menos tivesse se lembrando antes.
Foi à cozinha e tentou se lembrar por que não tiveram filhos. Ele não quis. Embora ela adorasse crianças e lhe pedisse o tempo todo, ele não quis. Trabalhava demais, precisava lavar o carro aos sábados, e tinha os jogos de futebol ao domingos. Não tinha tempo para isso. Não tinha tempo para ela.
Sentiu frio e lembrou-se das roupas molhadas por causa da chuva. Decidiu tomar um banho “para não ficar doente” teria dito Sofia.
Dirigiu-se ao quarto e parou hesitando entrar. Abriu vagarosamente a porta como que para não acordá-la. Ela não estava lá. Ele sabia, mas tinha esperanças. Olhou a foto no criado mudo e lá estava ela, linda e sorrindo como sempre.
O cheiro adocicado de seu perfume penetrou em seus pulmões, e pela primeira vez desde que descobriram a doença, ele chorou. Chorou como uma criança a espera do retorno da mãe. Chorou copiosa e compulsivamente.
Acalmou-se. Abriu o chuveiro. A água quente escorrendo pelas costas. Ao redor, tudo tinha uma “pitada” de Sofia. Enquanto escutava a chuva e a água do banho caírem, lembrou-se do amor, das brigas, das reconciliações. Só agora percebia o quanto a amava. Sim. Ele a amava. Não havia mais a volúpia dos primeiros anos, mas havia carinho, compreensão, seu calor, sua companhia. Havia amor, e ele não soube entender. Ele não sabia o que era amar e foi necessário que um câncer a levasse para que percebesse isso.
Ele queria dizer que a amava, mas ela sabia, e ele sabia que ela sabia.
No último dia de Sofia ele tentou dizer-lhe, mas ela não quis ouvir suas desculpas. Apenas disse uma frase de Fernando Pessoa: “A morte é uma curva na estrada. Morrer é apenas não ser visto”.
Depois, fechou os olhos e com seu sorriso costumeiro, partiu.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Aos meus amigos, meu coração!
"Quanto tempo se passou e quanta falta eu sinto de vocês." Esse foi seu primeiro pensamento naquele dia.
Estivera revendo na noite anterior fotos antigas e a saudade lhe apertava o peito... Fotos da escola e da faculdade, hoje somente lembranças de um passado adorável.
Não se arrependia de nada! Talves de uma resposta não dada, de uma mágoa guardada, de uma nota baixa, de não ter ousado mais... Mas como sentia falta daquelas pessoas... tantos anos juntos e agora, cada um para o seu lado, casando, tendo filhos, descasando.
Como tinha que trabalhar, decidiu pensar sobre elas no caminho. Como sempre estava atrasada.
Pensando sentada no bando do ônibus, as imagens passando rápidas pela janela, sentiu que estava exatamente onde queria estar, onde planejara estar.
O caminho do trabalho sempre lhe fazia pensar, lembrar... talves porque fosse muito tempo perido no trânsito. Da proxima vez traria um livro. Um daqueles que sempre deixava de ler no meio por falta de tempo.
Ah... quanta saudades das amigas... foi longe em suas lembranças. Procurou a 1ª amiga que podia lembrar: Ana Rita. Uma menina ruiva e de sardinhas, muito branca e delicada. Lembra dessa que conheceu aos 5 anos!! Depois Juliana. Morena, parecia com ela mesma, se não pela personalidade. Com essa teve contato dos 5 aos 13. O que seria ela hoje? Sabia que tinha um filho, mas não sabia mais nada.
Depois muitas pessoas lhe passaram pela mente. As professoras, as brincadeiras de roda, de corda, papéis de carta. Quantas coisas para se lembrar!
A escola lhe trouxera muitos amigos. Não tantos quanto gostaria porque não era muito sociável. Passava muitas vezes os recreios na biblioteca, lendo!
Ai vem a adolescencia e as melhores amigas do mundo. Aquelas que a gente não vê por meses e quando estão juntas, parece que se viram ontem. Saudades dessas ai tambem. Queria muito te-las visto ontem!
Um olhar mais atento e percebeu que passara de seu ponto de descer. Teria que caminhar duas quadras até o prédio que trabalhava. Mas, pela primeira vez na semana, não chovia e ela não se incomodou de caminhar.
Enquanto caminhava ia olhando as pessoas na rua, observando os prédios, ia se lembrando de pessoas, de momentos, de conversas... Se deparou com decorações natalinas nas lojas e nas casas e pensou no presente que gostaria de ganhar. Queria independência. Chegando à porta do edifício em que trabalhava, pensou no que gostaria de dar. Antes de entrar deu mais uma espiada para o mundo real que ficaria lá fora pelas próximas 8 horas, e pensou "Aos meus amigos, meu coração", e entrou, tinha relatórios, telefonemas, chefes... o de sempre.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Oração
Menos um...
Hoje é dia 04 de dezembro.
Amanha tenho um casamento!! Não é o meu... mas podia ser.
Hoje é dia 04. Faltam 20 dias para o meu aniversário.
Menos um dia de vida.
Sou grata por tudo o que tenho, pelo que vivi, e pelo que ainda não vivi.
Sou grata por minha retina ter podido registrar tantas imagens, e ansiosa por mais registros.
Estou grata por sentir o vento no rosto e o sal do mar na língua, e ansiosa por conhecer outros oceanos.
Estou grata pela minha linda profissão, e ansiosa por mais aprendizado.
Estou grata por um dia ter me tornado palhaça, por ter feito tantos amigos, por ter um grande amor...
Estou grata pois estou viva, embora hoje seja um dia a menos de vida.
Hoje é dia 04 de dezembro.
Amanha tenho um casamento!! Não é o meu... mas podia ser.
Hoje é dia 04. Faltam 20 dias para o meu aniversário.
Menos um dia de vida.
Sou grata por tudo o que tenho, pelo que vivi, e pelo que ainda não vivi.
Sou grata por minha retina ter podido registrar tantas imagens, e ansiosa por mais registros.
Estou grata por sentir o vento no rosto e o sal do mar na língua, e ansiosa por conhecer outros oceanos.
Estou grata pela minha linda profissão, e ansiosa por mais aprendizado.
Estou grata por um dia ter me tornado palhaça, por ter feito tantos amigos, por ter um grande amor...
Estou grata pois estou viva, embora hoje seja um dia a menos de vida.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Samba
Hoje é o dia do Samba!!
Felizes somo nós que obedecemos ao chamado de Edson Aloisio e não deixamos o samba morrer!!
Parabéns aos amigos do samba e da vida!!
http://www.youtube.com/watch?v=iDPLB4dL3zI
Leozinha!!! Feliz Aniversário!!! Muita saúde e muita felicidade!!!
Felizes somo nós que obedecemos ao chamado de Edson Aloisio e não deixamos o samba morrer!!
Parabéns aos amigos do samba e da vida!!
http://www.youtube.com/watch?v=iDPLB4dL3zI
Leozinha!!! Feliz Aniversário!!! Muita saúde e muita felicidade!!!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Tempo... mano velho...
Acordou, mas ainda estava com sono.
Os dias chuvosos costumavam deixa-la mais à vontade, mas este a deixou deprimida.
Dali a poucos dias seria seu aniversário.
Não sabia por que mas aniversários a incomodavam.
Ficou na cama ainda mais um pouco, pensando no que fizera da sua vida até ali.
O cachorrinho veio lhe lamber a cara e lhe avisar que estava atrasada. Haviam encaminhamentos a fazer, relatórios a produzir, e que certamente estariam esperando por ela no escritório. Vestiu-se e foi tomar café.
O aniversário não lhe saia da cabeça. Faria uma festa? Não. Todas as suas tentativas nos últimos anos foram frustradas e desastrosas. Melhor ficar em casa, espiar pelo Orkut quem se lembrara dela, e se contentar com os poucos telefonemas que costuma receber. Sim, é isso! Contentar-se com o de sempre...
Entrou no ônibus lotado, com janelas fechadas por conta de um desagradável chuvisco da manhã. De salto, descobriu o que lhe incomodava tanto!! "O de sempre". Não... ela não era assim, como pudera pensar em tal bobagem? Não se contentava com "o de sempre"!! Nem seus sonhos costumavam ser parecidos!
Mas o tempo passando lhe trazia sempre a senssação de "o de sempre". Tudo se repetia numa constância, numa rotina...
Desceu do ônibus, entrou no prédio, cumprimentou os conhecidos apenas com um leve aceno de cabeça. Chamou pelo elevador, 17º andar. No rádio ouviu Fernanda Takai cantando "tempo, tempo, mano velho, falta um pouco ainda, eu sei, pra voce correr macio..."
Pensava quando o tempo correria macio para si? Tudo sempre em constante movimento. Seus relatórios exigiam prazos, o horário no cabeleireiro sábado, esperar o ônibus lotado para ir e voltar, os saltos de sapato que precisavam ser arrumados... Lembrou-se que não poderia ir ao cabeleireiro, havia o casamento daquela amiga da faculdade, o cabelo ficaria desgrenhado por mais uma semana.
"Preciso de uma agenda", pensou. Sua cabeça já não lhe favorecia como na adolescencia e ela já não conseguia lembrar de tudo, e naquele 1º de dezembro, a primeira coisa que faria seria comprar um agenda 2010.
O elevador parou no andar solicitado, mas ela ficou ali pensando na agenda 2010... a porta se fechou e o elevador voltou a movimentar-se. Ultimo andar. Resolveu descer. Nunca estivera no 22º. Três anos de empresa e nunca tivera tempo de conhecer o prédio em que trabalhava!!
"Ah, tempo danado"... pensava ela enquanto subia para o terraço.
Lá de cima a cidade era linda!!! Silenciosa!! O Sol resolvera dar o ar da graça e a abraçou suavemente enquanto sentava no beiral.
Agora além do aniversário, a agenda lhe incomodava. Um monte de papel determinando o que teria a fazer, seus horários... não, isso não era pra ela, como "o de sempre" não era.
Ela vivia num mundo que não era seu. Um mundo de regras e de controloes, enquanto o que ela queria era apenas liberdade. Aquela que experimentara naquele momento, mesmo sabendo dos relatórios, do chefe e da reunião das 10hs, lá estava ela, fazendo nada em uma terça feira 1º de dezembro.
Desistiu da agenda, faria apenas o que sua cabeça lhe determinasse prioridade. Sabia que esqueceria muitas coisas, mas seria assim...
O aniversário (?) ... não poderia pular o dia do calendário... resolveu que esperaria algum amigo lhe promover uma festa surpresa. Iria ao shoping, depois andar de bicicleta no parque, depois iria para casa, ligaria para aquele alguém especial e o convidaria para jantar, se tivesse coragem...
Pronto! Tudo resolvido.
Enquanto sentia o vento no rosto o Sol foi ficando mais forte. De repente lembrou-se que havia um trabalho a lhe esperar alguns andares mais abaixo, mas não foi antes de se despedir. Ja sabia para onde ir quando o tempo não lhe desse um tempo.
Os dias chuvosos costumavam deixa-la mais à vontade, mas este a deixou deprimida.
Dali a poucos dias seria seu aniversário.
Não sabia por que mas aniversários a incomodavam.
Ficou na cama ainda mais um pouco, pensando no que fizera da sua vida até ali.
O cachorrinho veio lhe lamber a cara e lhe avisar que estava atrasada. Haviam encaminhamentos a fazer, relatórios a produzir, e que certamente estariam esperando por ela no escritório. Vestiu-se e foi tomar café.
O aniversário não lhe saia da cabeça. Faria uma festa? Não. Todas as suas tentativas nos últimos anos foram frustradas e desastrosas. Melhor ficar em casa, espiar pelo Orkut quem se lembrara dela, e se contentar com os poucos telefonemas que costuma receber. Sim, é isso! Contentar-se com o de sempre...
Entrou no ônibus lotado, com janelas fechadas por conta de um desagradável chuvisco da manhã. De salto, descobriu o que lhe incomodava tanto!! "O de sempre". Não... ela não era assim, como pudera pensar em tal bobagem? Não se contentava com "o de sempre"!! Nem seus sonhos costumavam ser parecidos!
Mas o tempo passando lhe trazia sempre a senssação de "o de sempre". Tudo se repetia numa constância, numa rotina...
Desceu do ônibus, entrou no prédio, cumprimentou os conhecidos apenas com um leve aceno de cabeça. Chamou pelo elevador, 17º andar. No rádio ouviu Fernanda Takai cantando "tempo, tempo, mano velho, falta um pouco ainda, eu sei, pra voce correr macio..."
Pensava quando o tempo correria macio para si? Tudo sempre em constante movimento. Seus relatórios exigiam prazos, o horário no cabeleireiro sábado, esperar o ônibus lotado para ir e voltar, os saltos de sapato que precisavam ser arrumados... Lembrou-se que não poderia ir ao cabeleireiro, havia o casamento daquela amiga da faculdade, o cabelo ficaria desgrenhado por mais uma semana.
"Preciso de uma agenda", pensou. Sua cabeça já não lhe favorecia como na adolescencia e ela já não conseguia lembrar de tudo, e naquele 1º de dezembro, a primeira coisa que faria seria comprar um agenda 2010.
O elevador parou no andar solicitado, mas ela ficou ali pensando na agenda 2010... a porta se fechou e o elevador voltou a movimentar-se. Ultimo andar. Resolveu descer. Nunca estivera no 22º. Três anos de empresa e nunca tivera tempo de conhecer o prédio em que trabalhava!!
"Ah, tempo danado"... pensava ela enquanto subia para o terraço.
Lá de cima a cidade era linda!!! Silenciosa!! O Sol resolvera dar o ar da graça e a abraçou suavemente enquanto sentava no beiral.
Agora além do aniversário, a agenda lhe incomodava. Um monte de papel determinando o que teria a fazer, seus horários... não, isso não era pra ela, como "o de sempre" não era.
Ela vivia num mundo que não era seu. Um mundo de regras e de controloes, enquanto o que ela queria era apenas liberdade. Aquela que experimentara naquele momento, mesmo sabendo dos relatórios, do chefe e da reunião das 10hs, lá estava ela, fazendo nada em uma terça feira 1º de dezembro.
Desistiu da agenda, faria apenas o que sua cabeça lhe determinasse prioridade. Sabia que esqueceria muitas coisas, mas seria assim...
O aniversário (?) ... não poderia pular o dia do calendário... resolveu que esperaria algum amigo lhe promover uma festa surpresa. Iria ao shoping, depois andar de bicicleta no parque, depois iria para casa, ligaria para aquele alguém especial e o convidaria para jantar, se tivesse coragem...
Pronto! Tudo resolvido.
Enquanto sentia o vento no rosto o Sol foi ficando mais forte. De repente lembrou-se que havia um trabalho a lhe esperar alguns andares mais abaixo, mas não foi antes de se despedir. Ja sabia para onde ir quando o tempo não lhe desse um tempo.
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