quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Quanta gente louca nesse mundo!!!

Pois é... tem dias que de noite é assim mesmo...

Como tem gente maluca andando por ai... e maluca não naquele sentido gostoso de amizade descompromissada... é gente maluca de psicótico.

Chego a ter medo dos "seres humanos" as vezes...

Como pode uma flor, um símbolo de como a natureza pode ser perfeita, causar efeitos tão devastadores?

Mas simplesmente tem pessoas que não entendem a pureza das ações... Ou o significado de uma flor.

Quem sou eu para julgar os por ques uns e outros resolvem se rebelar...

E como diz um provébio que eu gosto muito:

"Se você ofertar um presente à alguem e essa pessoa não aceitar, de quem é o presente?"

uma rosa champagne significa admiração

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Oficina de Clown!!!!

"Em cada pessoa, habita um ser que faz da exposição ao ridículo uma vivência de profunda beleza, nos desarmando das defesas e nos pondo diante desta criança despertada. Nesta oficina de iniciação ao trabalho de clown (palhaço), descobriremos como tirar a máscara do cotidiano, trazendo uma verdadeira presença e estado cênico, através de exercícios do universo lúdico."

Data: 07/12 das 17hs às 22hs e
08/12 das 10hs às 18hs

Local: Rua Felipe Morales, 219, Jardim Fraternidade (salão de festas da ACOHAB – em frente ao campo de futebol da Fraternidade)

Investimento: R$ 35,00 (pagamento no dia. Inclusa alimentação no dia 08)

Inscrições e informações: luizamariaf@hotmail.com (nome completo e telefone de contato)

Nico Serrano: Desenvolve sua arte e pesquisa da linguagem do palhaço, desde 2001 e dentro da Cia. BuBiÔ, FicÔ LÔ! de Circo e Teatro (SP), desde 2006, quando a fundou. Além de Palhaço é Ator formado pelo SENAC/SP e Produtor de Eventos graduado em Marketing. Passou por oficinas com profissionais respeitadíssimos na área de teatro e circo, como Leris Colombaioni (Italia), Loco Brusca (Argentina), Christine e Watson (Ringling Bros./EUA), Bete Dorgam, Marcio Ballas, Luis Louis, Maria Delisier, César Guimarães, Caetano Martins, Debora Serritielo, entre muitos outros.
Dividiu picadeiros, palcos e ruas com grandes nomes do Circo Tradicional e Circo Novo, destaque para Chacovachi (Argentina), Loco Brusca (Argentina) e Dagoberto Feliz (Doutores da Alegria/Folias).
Ministra oficinas de cultura pela ASSAOC, já passou pelo SENAC e em cidades como Uberlândia/MG, Bragança Paulista/SP, Ilha Comprida/SP, Severinia/SP, entre outras.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O que é o teatro senão um suspiro
o vazio preenchido a cada riso, a cada lágrima.

O que é o teatro senão a total ausência de sentidos
somente esse sentimento de ser o palco o único lugar para se estar.

O que é o teatro senão ansiedade do ator a cada nova cena
e a deliciosa sensação do depois.

Teatr é arte, e sobretudo, teatro é vida!!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Obesidade Mental - Andrew Oitke

Por João César das Neves

O prof.  Andrew Oitke,  publicou o seu polêmico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra,  o catedrático de Antropologia em Harvard,  introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna  "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma “alimentação intelectual” tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.” 
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
“O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.” 
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. “Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxa ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabonitismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. 
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cachorro Morto


Todo mundo conhece a expressão "Ninguém bate em cachorro morto"!
 
Há alguns dias e especialmente ontem e hoje, um jornal da cidade vem fazendo agressões diretas ao Partido dos Trabalhadores e ao seu candidato a Deputado Estadual Juzemildo.

No editorial da Gazeta Bragantina de ontem, seu editor nos chama de bandidos, e como se diz no popular "desce a ladeira" tecendo dezenas de críticas ao presidente Lula e a todos os petistas.

Seu direito! Cada um pode expressar sua opinião da maneira que bem entender. Embora eu acredite que não é direito de ninguém proferir ofensas infundadas.

Hoje, em edição extraordinária (!?), na primeira capa, declarações do Bispo de Bragança e mais um editorial que achincalha o PT e seus filiados e simpatizantes.

Mas como eu disse no começo, "ninguém bate em cachorro morto"!. Há motivos para tantos ataques ao Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores. O motivo é que Juzemildo é sim do povo, é sim querido, e sim, terá muitos votos!!

Ninguém garante que será eleito. Isso só se sabe nas urnas, mas que está incomodando está.

Particularmente, como filiada do Partido dos Trabalhadores há 9 anos e petista há 25,  posso afirmar que nenhuma das acusações e agressões proferidas pelos jornais, por políticos ou pela oposição, por mais "cabeludas" que sejam tiram minha convicção de que quando o pobre, o trabalhador, o operário, o metalúrgico, o sindicalista, teima e chega lá, o processo não reverte.

O povo brasileiro está aprendendo a votar! As pessoas tem mais consciência! Elegem quem acreditam, e já não se deixam enganar por favores eleitoreiros.

Isso incomoda os poderosos, os coronéis. Porque povo que pensa é povo que não vota a troco de cesta básica.

Para esses só digo uma coisa: “Os incomodados que se retirem”!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Com que roupa eu vou?

É chegada a hora!! Bandeiras tremulando, um arrepio na espinha, o medo da derrota e a satisfação da vitória!!

Não, não é o Timão na final da Libertadores...

É hora de mais uma vez exercemos o maior direito que um cidadão pode ter: o VOTO. Direto, democratico.

Quem há de criticar o sistema de eleições brasileiro? Certamente alguém que precise de um pouco de história recente do Brasil, ou de alguns (muitos) países da África, ou mesmo da superpotência (?) americana.

No banco semana passada, reclamando da fila, da possível proibição do uso de celulares no recinto, etc... uma senhora me diz que votará nulo. Lamento! lhe disse. Ouço-a dizer que não vota na Dilma pelas noticias da internet. Educadamente lhe digo que a internet tem coisas maravilhosas e é também celeiro de mentiras. Sugiro que pesquise as informações antes de toma-las por verdadeiras. Ela virou-se pra frente, não conversamos mais.

Dia 3 meu dia começará bem cedo!! De frente para o guarda roupa tenho certeza de que não titubiarei na escolha da roupa. Com que roupa eu vou? Vou de vermelho, vou pela luta, pela democracia (não a corinthiana), vou de estrela no peito e esperança no coração!

É chegada a hora do povo brasileiro ir à urnas mostrar sua opinião. Seja ela vermelha, branca ou nula. Mas é o momento de sair de cima do muro. De tomar partido. De ser o mais importante.

Me lembro de meu primeiro voto: Lula-lá. Tenho orgulho de ter eleito o primeiro presidente operário das história desse pais, quem sabe do mundo. Tenho orgulho de ter eleito o melhor presidente que esse país teve. Tenho orgulho de ter eleito o presidente do povo. O meu presidente. Que assim como meu pai, é nordestino, é trabalhador, é sindicalista, veio do nordeste pra cá em busca de uma vida melhor, não tem diploma de faculdade, mas tem o diploma da vida!!

Lamento ouvir as pessoas dizendo que votarão nulo. Lamento por todos aqueles que lutaram, e morreram, e viveram para que hoje, nós pudessemos ir ás urnas e dizer o que pensamos. Mas o nulo também é escolha e também é exercício de democracia.

Democracia que permite humoristas irem à TV e declararem "Pior que tá não fica". Fica sim companheiro! Fica! Fica pior dependendo da qualidade de seres humanos, (que não tem nada a ver com escolaridade), que elegemos e colocamos no senado, no congresso, nas prefeituras, nos governos de estado...

Mas essa é a democracia que os pelegos, os tucanos, os radiais de extema direita e esquerda, os da oposição, os da televisão, essa é a democracia que lhes assombra.

Sim! Sou petista! Sou estrela no peito e coração na boca! Sou eforia e entusiasmo! Sou paixão!!

Sou Lula! Sou Dilma! Sou Mercandante!! Sou Brasil!!!

PS. O dia 13 é mera coicidência!!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social", escreve Leonardo Boff

Eis o artigo.

Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PTinstauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu,”capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados.  Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os paises mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fôra construida com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam:”façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte,  abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e  da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim  como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituirem índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado  mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.
Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e  intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças.  Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social.Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida(1993):”Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano.  Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação”(p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Oi queridos


Desculpe não ter avisado antes, mas estive um tanto off line essa semana.

Hoje a noite, (as 20hs e as 21:30hs) terá apresentação da peça "A Nave" do autor bragantino Chico Experiencia.

Eu e minha irmã Raissa iremos fazer parte do elenco com mais um monte de gente ótima!! e quem puder e quiser ir, a entrada é gratuita e estão todos mais que convidados.

A aprsentação será no Teatro da escola estadual Assis Gonçalves que fica ao lado da igreja Santa Terezinha. É um teatro antigo, parece que foi até cinema lá...

Não é o teatro da escola particular Santa Terezinha que fica atras da igreja.

Beijos e até lá

Evoé

quinta-feira, 1 de julho de 2010

E era copa do mundo...

Julho de 2002. Copa do mundo...

E Sofia odiava as Copas do Mundo. E Sofia odiava essa em especial. Tinha se casado há 5 dias quando o campeonato começou. Mal voltara da lua de mel em Bonito, fazendo trilhas, proxima à natureza, comendo comidinhas de fazenda e... o inferno das cornetas, dos rojões e dos palavrões!!

Como eram recém casados, Marcelo não quis deixa-la para assistir os jogos em casa de amigos ou bares. Fez melhor, lhe disse quando descarregavam as malas do taxi: "Convidei a turma para assistir os jogos aqui em casa. Assim ficamos juntinhos!"

"Desculpa esfarrapada" pensou Sofia. Quis se separar de Marcelo imediatamente, mas se arrependeu no minuto seguinte. Marcelo lhe carregou no colo até o apartamento, subindo todos aqueles lances de escada... Sofia preocupada com as malas e Marcelo dizendo, "Seu Agnaldo traz depois...".

Chegaram ao topo. Marcelo ofegante e casado, e Sofia se matando de tanto ir da cara do marido.

Marcelo tinha dessas. De repente passavam dias sem se falar direito, e no meio da tarde lá estava ele no escriotório em que Sofia trabalhava para buscá-la para um café ou outras escapadinhas mais audaciosas.

Embora amasse o marido, Sofia continuava odiando futebol, odiando os amigos de Marcelo, odiando ter que cozinhar para aquele bando de gente que sujava seu tapete novinho, fazia xixi fora do vaso e tirava tudo o que podiam do lugar.

Cada final de jogo parecia que ela mesma havia jogado os 90min.

Como Marcelo achava a mulher entediada durante as partidas, inventou de pedir aos amigos que trouxessem suas esposas no próximo jogo.

Sofia preferia a morte!

Quando aquelas mulheres frescas entraram em sua casa, Sofia ja sabia que no dia seguinte teriam um velório. Ou o seu, ou o de Marcelo.

Ao final do primeiro tempo umas das mulheres desceu à garagem e voltou com uma sacola cheia de roupas que dizia serem de grife. Sofia duvidava qua alguém fosse capaz de colocar uma calça da MOfficer em uma sacola de feira, mas se fez de interessada para agradar o marido. Marcelo pediu que escolhesse qualquer peça, que lhe daria de presente. Sofia perguntou a mulher das sacolas "Qual a mais cara?" e a mulher lhe mostrou uma blusa transparente que não caberia em uma criança de 5 anos, coisa que ela jamais usaria mas escolheu essa, só para "castigar" o marido!

No apito final do árbitro, um suspiro aliviado da anfitriã que depois de sua "compra" ficara sentada no canto do quarto em uma delicada poltrona virada para janela.

As roupas ja não estavam em sacolas de feira, estavam todas espalhadas pelo quarto e as mulheres entrando e saindo do banheiro, ora nuas, ora com peças de roupas que Sofia achava muito estranhas.

Uma delas ainda lhe disse "Onde estava você? Perdeu o melhor da festa!". Sofia riu e disse que não se sentia bem. As mulheres começaram a cochichar. "Você não está grávida?" perguntou uma muito magra, esposa do chefe de Marcelo.

Por um instante Sofia realmente viajou. Imaginou-se grávida, crianças correndo pela sala, natais com Papai Noel... Seria possível?

Olhou para a mulher magrela, deu um suspiro e se jogou no chão fingindo desmaio. Só "acordou" depois que Marcelo colocou todos pra fora do apartamento.

Marcelo parecia preocupado e Sofia pensou em contar-lhe que havia fingido e que não precisava se preocupar, que não gostara daquelas mulheres e que prefria passar as tardes de jogo sozinha, mas antes que pudesse Marcelo lhe perguntou:

"Não é verdade né Sofia? O que a Vera disse sobre gravidez..."

"Vera", pensou Sofia... esse era o nome da magricela. Não tinha sequer perguntado o nome daquelas mulheres todas. Sentia-se muito mal educada. Marcelo percebendo a desantenção da esposa, lhe chamou a atenção.

"Você sabe que não podemos ter um filho agora. Estou para ser promovido e uma criança não facilitaria nada pra mim... Para nós."

Sofia, que havia gostado da idéia do filho fitou o marido por alguns instantes e nada respondeu.

Marcelo a decepcionara e não havia mais nada a ser dito.

domingo, 13 de junho de 2010

Quanta falta você fará à este mundo amigo Adão!!!!

PARTIDA E CHEGADA

Quando observamos, na praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar a dentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi".

Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.

O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.

Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.

O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.

Mas ele continua o mesmo.

“E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro".

Assim é a morte.

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi".

Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.

O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu.

Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.

“E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi”, no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.

A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.

Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.

Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.

Pensamentos de Victor Hugo (Espírito) - Do livro “A reencarnação através dos séculos” - Lair Lacerda

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Por enquanto (Renato Russo)

Não é minha... mas podia ser. Esse sentimento é bem meu...

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre
Sempre acaba...

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem...

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lembranças de uma outra Sofia

Quando eu era criança era feia, pálida e magricela. Na escola todos zombavam de minhas pernas finas. Me sentia a garota mais feia do mundo.


Quando eu era cirança meu quarto era meu paraíso. Os brinquedos meus verdadeiros amigos e meu principe era minha mae que vez por outra me salvava da solidão com um suculento prato de feijão.


Quando eu era criança o mundo era maior e o tempo passava devagar. Hoje perco o meu tempo com futilidades, histórias vazias de pessoas que não me interessam, mas suas atenções preenchem os espaços que o tempo deixou, e as deixo ficar, em troca querem apenas um pouco de amor.


Um amor frio posso dar. Sem compromissos, sem promessas, sem juras eternas. E eles parecem gostar, pois sempre voltam mais generosos.


Dessa forma supro minhas faltas, preenchos minhas lacunas, ocupo meu despretencioso tempo..."

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Amizades

Sabe o que é mais engraçado? Como diria Mario Quintana: "Amizade é um amor que nunca morre!"


Não precisamos de sim ou de não. Só precisamos saber que a pessoa estará lá quando precisarmos dela.


Sim ou não, não existem quando o amor é verdadeiro!

Amigas queridas que hoje tive o enorme prazer de reencontrar. Tantas e tantos outros que este lindo dia de sol não me deram o prazer do abraço...

Amo à todos. O mais puro e solene amor. O amor dos irmão do céu, aqueles que conhecemos quando ainda não tínhamos nascido e que não morre nunca!!

domingo, 28 de março de 2010

As notícias da minha semana

Essa semana tivemos talvez o maior julgamento da história desse país. Os Nardoni foram condenados pela morte da menina Isabella.


Centenas de pessoas acompanharam os dias de julgamento no Fórum de Santana. Outras dezenas de milhares, assim como eu, acompanharam pelos meios de comunicação.


O julgamento causou enorme comoção social. Pessoas gritando palavras de ordem nas ruas, com faixas e cruzes. Rojões foram ouvidos enquanto o juiz proferia a sentença.


Enquanto isso, no BBB 10 alguém saiu, alguém foi lider, e mais dois foram para o paredão. Também o Brasil comentou.


No jornal global da manhã os Renatos anunciam que o presidente Lula foi multado por fazer


campanha antecipada para a ministra Dilma. Ops... não podia dizer o nome...


O Corinthians perdeu a segunda seguida no paulistão e está fora do G4 dando lugar para Lusa. Ronaldo briga com a torcida e depois pede desculpas, diz o fofo Tiago do esporte. Essas notícias eu preferia não dar.


Renato Russo faria 50 anos!!


E em uma linha do Globo News, perdido em um cantinho das páginas do Uol, em uma pontinha do Datena, ali perdida em overdoses de julgamentos e tribunais, em BBBs, em proibições do presidente em pronunciar nomes, e as crises corinthianas, ali quase escondida, quase que não está, a grve dos professores do estado.


Marginalizados, discriminados, hostilizados. Quando saía a notícia sobre a greve, não era senão para condená-los sem direito à juri.


Durante manifestação 16 foram feridos pela PM armada, cavalaria e choque. Tudo porque o tucano anêmico não queria que chegassem à frente de seu palácio, que deveria ser o palácio do povo.


Assistindo a essas cenas me pergunto parafraseando meu querido Renato, não o global: Que país é esse?


Que país é esse onde é mais importante saber se é o dourado, o prateado ou o rosa choque que vai ganahar um milhão e meio?


Que país é esse que se importa mais com a vida dos outros, deixa seus empregos e vai para porta de um fórum protestar por uma justiça que não lhes pertence?


Que país é esse que permite que os educadores de seus filhos apanhem da polícia em um protesto de mãos limpas por, não só dinheiro, mas por melhores condições de trabalho? Trabalho esse que se encarrega de  formar milhões de cidadãos por ano.


Mas por que formar pessoas que pensem? Quanto mais pensante for o povo, menos chances os tucanos, verdadeiros urubus, tem de se eleger.


Ao invés de firem a frente das TVs, computadores ou fóruns, esse povo que clama justiça deveria mesmo ir se juntar a causa desses homens e mulheres que trabalham pela formação desse país. Deviam ir às ruas, apoiar a greve, lutar pelas melhorias de condição de trabalho, apoir quem realmente trabalha por esse estado.


A imprenssa e os governantes marginalizam os professores, como se greve não fosse um direito seu.


A sociedade mudou nas últimas décadas. Mulheres que se dedicavam exclusivamente aos cuidados da casa foram para as ruas trabalhar. As famílias foram formando-se cada vez mais cedo por pessoas cada vez mais jovens. Cresceu o modelo monoparental. As pessoas tem cada vez menos tempo.


As escolas, ao contrario, mantiveram-se no modelo década de 60, que recebiam as crianças praticamente prontas para a alfabetização, muito bem educadas. Nessa época, os professores eram treinados à atender essa demanda.


Hoje recebem o mesmo treinamento para atender à uma demanda totalmente diferente. São obrigados, e a palavra é essa, à promoção automática. Aliás de quem foi essa idéia?


Ah... mas depois que morre todo mundo vira santo...


A sociedade mudou, a escola não se preparou para essa mudança, e não por culpa dos professores. Por culpa dos modelos impostos pelos governos. Nos últimos anos o secretario estadual de educação mudou 3 vezes. Por 3 vezes foram adotados modelos diferentes de ensino que não tem dado certo.


A justiça fez sua parte essa semana. E nós, cidadãos, fizemos a nossa?


A luta dos professores é também a nossa luta. Pelos nossos direitos, pelo nosso país.


P.S. Não tenho interesse algum de fazer campanha política pra quem quer que seja, mas acredito piamente que está mais que na hora dessa São Paulo mudar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dona Flor

Maricotinha era uma menina sem sal e sem açúcar. Muito magricela, branca de dar dó em vela!! Sua vozinha esganiçada assustava os passarinhos que vinham aos beirais das janelas da fazenda de D. Flor.

D. Flor era a vovó que qualquer um sonhava. Gentil e bondosa. Caaallllmmmaaaa... Quando contava histórias dos bichos e lendas da floresta, toda criançada logo  caia no sono. Exceto Maricotinha, é claro.

Eita menina danada!!! Tinha fogo nas ventas e redemoninho nos pés. Por onde passava levava copos, bandejas e almofadas ao chão. As férias de dezembro eram suas preferidas. Corria pela fazenda, chafurdava na lama, montava à cavalo e comia muito bolo de fubá com erva doce.

Maricotinha morava na cidade mas achava muito chato. Preferia a vida na fazenda de D. Flor, os balanços de pneu amarrados à troncos de árvores, as montarias no pangaré Barnabé, (seu amigo de verdade), a brincadeira com os primos, à aquele monte de cinza chumbo dos prédios de São Paulo.

Nessa época tinha ela 6 aninhos, olhos brilhantes e o coração cheio de curiosidades.

Sua infância seguiu nessa alegria de esperar pelas férias na casa de D. Flor com os primos e amiguinhos à beira da fogueira ouvindo histórias de terror, os banhos de rio gelado e aqueles montes de vermes que deixavam a mãe e o pediatra loucos de preocupação.

O tempo passou, e os pais de Maricotinha se separaram. As visitas à fazenda de D. Flor foram rareando.

Maricotinha cresceu, virou adolescente, agora com 16 anos já não tinha mais tanto interesse nas noites da fazenda.

Certa noite, quando já dormia, o telefone toca. Era seu pai. D. Flor havia partido de um mal súbito que tomou a todos de surpresa. Era a primeira vez que Sofia se deparava com a morte!

Em seu velório, Maricotinha lembrou-se dos carinhos da vovó, sus bolinhos e histórias. Sentiu saudades de D. Flor e perguntou-se, retoricamente, por quê afastara-se tanto da fazenda, de Barnabé, das fogueiras... de D. Flor.

Em sua lembrança sentiu o cheiro de flores e lenha de fogão da vó, fez uma oração e foi embora. Não queria ver D. Flor presa em uma caixa debaixo da terra. Preferia guardar D. Flor contando histórias e chamando seu nome para o almoço...

MARICOTINHAAAAAAAAAA...

segunda-feira, 1 de março de 2010

É... ela sabia que hoje seria um dia daqueles...

Ja começara o dia abdicando de um sonho, e isso não lhe agrava fazer.

Os clientes do dia só estavam trazendo chateação. Tinha que cobrar, mas sabia que não pagariam.

E para piorar, essa chuva.

Tinha tido uma noite difícil, uma conversa difícil.

Sabia que tinha chegado a hora. Precisava agir.

Mas por hora, tinha clientes a cobrar... pensaria nisso mais tarde.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cinzas

Que os dias sejam cheios de alegrias.

Que as tristezas sejam diminutas.

Que o riso seja constante.

Que as amizades sejam eternas.

Que o carnaval seja todos os dias.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval

"Meu coração vai disparar, sair pela boca,
 não da pra segurar, paixão muito louca..."
http://www.youtube.com/watch?v=wcnX1hozlDk

Com esse trecho do samba da minha escola de coração do Rio de Janeiro, Mocidade Independente de Padre Miguel inicio essa postagem sobre um grande amor que conheci há 12 anos: o Carnaval.

Ja dizia Vinicius de Moraes...

Carnaval, doce ilusão...
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira


Quem saberia explicar o que se sente quando tocam as três sirenes anunciando que é hora de entrar na avenida? Quem poderia explicar esse frio na barriga, esse medo e essa certeza?

Inexplicável como o amor... assim é o carnaval!

Desejo que todos possam sonhar, se divertir, amar, curtir a folia, dançar sem preconceitos e sem vergonhas... não só nos 4 dias de folia, mas o ano inteiro...

Que a mesma emoção, a mesma comoção das três sirenes anunciando o início do desfile, anuncie a superação, a alegria, a certeza de dever cumprido!

Ótimo carnaval!!!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O cordão

No início era apenaso escuro. Havia muita água. Um conforto eumadeliciosa senssação de proteção.

Ah! se o mundo fosse assim...

Por muito tempo havia broncas, mãos a espera de atravessar a rua, um sorriso amável pela manhã.

O tempo passa, as coisas mudam, as pessoas mudam, mas nós continuamos firmes e fortes. E unidas.

De repente, uma necessidade insana de voar, de ir mais longe, de errar, de fazer a vida finalmente acontecer. Uma vontade de atravessar a rua sozinha...

E a partida.

Não é um adeus. É só um até amnhã.

Por mais que hajam distancias, amores, trabalhos, carnavais mil... você sempre será meu único e verdadeiro amor!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Do medo e do amor

Engraçado como algumas pessoas tem medo de ficar sozinhas e com isso sufocam os que a amam.

Pare de pensar que só porque alguém vai embora, ou só porque ama à outras pessoas também, não te ama.

O amor é a única coisa que quanto mais se dá mais se tem!!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Então era isso...

Desconectou a internet, encerrou o Windows, fechou a tampa de seu novo notebook, desligou-o da tomada. "Podia chover" pensou. Embora fosse bastante moderno para sua idade, tinha 82 anos, se dava ao luxo de suas manias de velho.

Sempre andava de guarda chuva, desligava todos os equipamentos das tomadas antes de dormir, exceto a geladeira, embora uma tempestade em 1968 tivesse queimado a de sua casa, tomava vários, muitos remédios todos os dias. Tantos que já nem se lembrava para que eram...

Mantinha um ritual matinal de levantar-se, alongar-se, despir-se, vestir-se, lavar-se e tomar o desjejum.

Era um velhinho simpático, sorridente, antenado como diziam-lhe os netos. Inclusive fora Marcos, filho de Janete, sua filha mais velha, que lhe dera o pequeno computador e lhe ensinara a "navegar na internet".

Foi com uma frase de Fernando Pessoa que Marcos convenceu o avô a se render aos recursos da rede: "Navegar é preciso...". Depois desse digamos, trocadilo, cairam na gargalhada e o vovô se deixou levar pela paciência e doçura do neto mais querido!

Após olhar no relógio, que apontava meia noite passada, seu Antonio decidiu deitar-se. A internet lhe prendera a atenção mais tempo que pretendia. Precisava dormir.

Deitado em sua confortável cama, seu Antonio pensava na juventude atual, e em sua própria, sem internet mas com tantos bailes e cafés, damas elegantes, galanteios discretos, belas músicas e românticas serenatas.

Nos atuais dias a bendita internet substituira tudo isso.

De repente sentiu-se só. Muito só. Já não tinha mais seus amigos de infância, de juventude para com quem conversar. A maioria havia morrido ou estavam bastante debilitados. Ele mesmo, apesar de ter dedicado sua vida à hábitos saudáveis, já não tinha mais o mesmo "pique".

Os netos lhe traziam muita alegria. Haviam os pequeninos para quem contava histórias e fazia ninar. E havia os grandes como Marcos que lhe ensinava tantas coisa e com ele aprendia tantas outras.

Os filhos também lhe cercavam de carinhos. Tivera 8 filhos. Todos fruto de um amor incontestável e infinito por sua única namorada e esposa, Vera.

Vera tinha cheiro de rosas e a pela macia como pêssegos maduros. E ele a amava mais que tudo nesta longa vida.

Ela partira há 2 anos e meio. Ele sofreu. A quantidade de remédios aumentou consideravelmente depois de sua morte. Mas seu Antonio era um homem forte e obediente. Seguia a risca o último pedido de sua amada esposa, que lhe disse dias antes de sua passagem. Disse ela: Viva!! E é o que ele fazia.

Há tempos não sentia-se como naquele momento, mas sentia-se só. Desejou partir também e encontrar sua Verita, mas sabia que Deus tinha planos para ele, e que sua hora não havia chegado.

Então era isso. Essa era a tal solidão que jamais havia experimentado em toda sua vida. Ela doia, como a saudade que sentia de sua adorável esposa.

Com esse pensamento e com um sono devastador causado pelos remédios, adormeceu.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ano novo...

Feliz ano novo amigos!!


Ano novo, teoricamente postagens novas... Ando cansada de mais... sem inspiração.

Esse recadinho é para aqueles que, as vezes fuçam esse pedacinho de mim em busca de novidades e sempre encontram o mesmo texto.

Ficam  minhas desculpas... estou mesmo cansada... O carnaval está me consumindo!!!!!!!!!!

Logo passa...

Beijos e até bem breve...